quinta-feira, 6 de maio de 2010

NOSSA sENHORA DOS ANJOS

HISTÓRICO A pouca distância da cidade de Assis, em espaçosa planície, está situada a igreja de Nossa Senhora dos Anjos. A primeira ermida foi construída no fim do ano de 352, por quatro piedosos eremitas, vindos de Jerusalém. Tendo eles posto, nessa ermida, à veneração dos fiéis, uma relíquia do sepulcro da Santíssima Virgem, dedicaram-na a Maria, assunta ao céu, pelos Anjos, e daí se derivou o título - Santa Maria dos Anjos, ou, como nós dizemos, Nossa Senhora dos Anjos. Até aqui, a notícia já nos dá a razão do título Nossa Senhora dos Anjos, porém diremos ainda por que motivo essa ermida se tornou célebre em todo o mundo. Cento e sessenta anos depois de construída, a referida ermida, achando-a São Bento abandonada e em ruína, a reconstrói, aumentando-a e embelezando-a, e por ser uma porçãozinha de herdade que ali tinham os beneditinos, foi chamada igreja da Porciúncula (piccola porzione). São Francisco, que deu tanto lustro a Assis, freqüentou, quando criança, essa pequena igreja, e, vendo-a mais tarde novamente abandonada e decadente, pediu ao abade D. Tebaldo que lhe cedesse, no ano de 1208. Tendo sido satisfeito o seu pedido, restaurou-a com as próprias mãos, construindo depois, em sua vizinhança, uma cela, que preferiu a qualquer lugar, pa­ra estabelecer nela a sua morada. Depois de ter habitado nela, sozinho, durante dois anos, ouvindo, um dia, ao Evangelho da santa missa celebrada nessa capela, a recomendação de Cristo a seus discípulos – “que não levassem em suas viagens, nem dinheiro, nem alforge, nem bastão” - tomou essas palavras como norma de sua vida e como a primeira regra da Ordem dos Menores, que institui, para promover com mais eficácia a glória de Deus e a santificação das almas. É célebre, portanto, a igrejinha da Porciúncula, por ter sido o berço da Ordem Franciscana; mas a causa principal do no­me da aludida capela é a singular mercê que São Francisco alcançou - a indulgência da Porciúncula. A história da concessão dessa indulgência é a seguinte: estando São Francisco, uma noite em oração, abrasado no zelo da salvação das almas, conheceu, por uma luz superior, que Jesus e Maria estavam na Capela. Corre então para lá e, apenas entra, dá com os olhos em Jesus e Maria, no meio de uma grande multidão de anjos. A Mãe de Deus dirige-se logo a ele, animando-o a pedir alguma graça. O seráfico Patriarca, que dava mais importância ao bem espiritual do que ao material, pede então uma indulgência ple­nária, isto é, a remissão de todos os pecados para aqueles que, arrependidos e confessados, visitassem aquela capela, dedicada à Rainha dos Anjos. Acedeu graciosamente o Senhor, e, mandando-lhe que a fosse pedir ao Papa, seu Vigário na terra e a visão desapareceu. Cheio de contentamento foi o Santo procurar o Papa, que era Honório III. Admirou-se sobremaneira o Pontífice, ouvindo a narração da maravilhosa visão que tivera São Francisco; todavia, iluminado por Deus, prestou-lhe fé, e não obstante ser o pedido desacostumado e amplíssimo, concedeu a pedida indulgência, escolhendo o Pontífice o dia 2 de agosto para se fazer jus a tão singular privilégio. A bula da concessão foi expedida em 1223. Esta graça tem sido confirmada e ampliada por muitos sumos Pontífices a outros santuários da família franciscana. (Para a publicação desta noticia histórica foram consultados os livros "Ano Cristão", do Pe. Croiset, e Storia delle più celebri Apparizioni di Maria Vergine", do Pe. Pozzi Attílio.)
www.congregacaosantosanjos.com.br/nsanjos_historico.htm /PESQUISADO POR ROSE.