sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

A FÉ DE MARIA

 Catequese de Bento XVI: A fé de Maria - 19/12/2012

Boletim da Santa Sé
(Tradução: Jéssica Marçal, equipe CN Notícias)

Queridos irmãos e irmãs,

No caminho do Advento a Virgem Maria ocupa um lugar particular como aquela que de modo único esperou a realização das promessas de Deus, acolhendo na fé e na carne Jesus, o Filho de Deus, em plena obediência à vontade divina. Hoje, gostaria de refletir brevemente convosco sobre a fé de Maria a partir do grande mistério da Anunciação

“Chaîre kecharitomene, ho Kyrios meta sou”, “Alegra-te, cheia de graça: o Senhor é convosco” (Lc 1, 28). São estas as palavras – reportadas pelo evangelista Lucas – com as quais o arcanjo Gabriel se dirige a Maria. À primeira vista, o termo chaîre, “alegra-te”, parece uma saudação normal, como era usual no âmbito grego, mas esta palavra, se lida a partir da tradição bíblica, adquire um significado muito mais profundo. Este mesmo termo está presente quatro vezes na versão grega do Antigo Testamento e sempre como anúncio de alegria pela vinda do Messias (cfr Sof 3,14; Gl 2,21; Zc 9,9; Lam 4,21). A saudação do anjo a Maria é também um convite à alegria, a uma alegria profunda, anuncia o fim da tristeza que há no mundo diante das limitações da vida, do sofrimento, da morte, da maldade, da escuridão do mal que parece obscurecer a luz da bondade divina. É uma saudação que marca o início do Evangelho, da Boa Nova.

Mas por que Maria é convidada a alegrar-se deste modo? A resposta está na segunda parte da saudação: “o Senhor está convosco”. Também aqui para compreender bem o sentido da expressão devemos dirigir-nos ao Antigo Testamento. No Livro de Sofonias encontramos esta expressão “Alegra-te, filha de Sião... Rei de Israel é o Senhor em meio a ti... O Senhor, teu Deus, em meio a ti é um salvador poderoso” (3,14-17). Nestas palavras há uma dupla promessa feita a Israel, à filha de Sião: Deus virá como Salvador e habitará em meio ao seu povo, no ventre da filha de Sião. No diálogo entre o anjo e Maria realiza-se exatamente esta promessa: Maria é identificada com o povo escolhido por Deus, é verdadeiramente a Filha de Sião em pessoa; nela se cumpre a esperada vinda definitiva de Deus, nela toma morada o Deus vivente.

Na saudação do anjo, Maria é chamada “cheia de graça”; em grego o termo “graça”, charis, tem a mesma raiz lingüística da palavra “alegria”. Também nesta expressão esclarece-se a fonte de alegria de Maria: a alegria provém da graça, provém, isso é, da comunhão com Deus, do ter uma conexão tão vital com Ele, de ser morada do Espírito Santo, totalmente moldada pela ação de Deus. Maria é a criatura que de modo único abriu a porta a seu Criador, colocou-se em suas mãos, sem limites. Ela vive inteiramente da e na relação com o Senhor; está em atitude de escuta, atenta a acolher os sinais de Deus no caminho do seu povo; está inserida em uma história de fé e de esperança nas promessas de Deus, que constitui o cerne da sua existência. E se submete livremente à palavra recebida, à vontade divina na obediência da fé.

O Evangelista Lucas narra a história de Maria por meio de um fino paralelismo com a história de Abraão. Como o grande Patriarca é o pai dos crentes, que respondeu ao chamado de Deus a sair da terra onde morava, da sua segurança, para iniciar o caminho para uma terra desconhecida e possuindo somente a promessa divina, assim Maria confia com plena confiança na palavra que lhe anuncia o mensageiro de Deus e se torna modelo e mãe de todos os crentes.

Gostaria de destacar um outro aspecto importante: a abertura da alma a Deus e à sua ação na fé inclui também o elemento das trevas. A relação do ser humano com Deus não apaga a distância entre o Criador e a criatura, não elimina o que afirma o apóstolo Paulo frente à profundidade da sabedoria de Deus: “Quão impenetráveis são os seus juízos e inexploráveis os seus caminhos” (Rm 11,33). Mas propriamente aquele que – como Maria – está aberto de modo total a Deus, vem a aceitar a vontade divina, também se é misterioso, também se sempre não corresponde ao próprio querer e é uma espada que transpassa a alma, como profeticamente dirá o velho Simeão a Maria, no momento no qual Jesus é apresentado no Templo (cfr Lc 2,35). O caminho de fé de Abraão compreende o momento de alegria pela doação do filho Isaac, mas também o momento de treva, quando precisa ir para o monte Moria para cumprir um gesto paradoxal: Deus lhe pede para sacrificar o filho que havia acabado de lhe dar. No monte o anjo lhe ordena: “Não estenda a mão contra o menino e não lhe faça nada! Agora sei que tu temes a Deus e não me recusaste o teu filho, o teu unigênito” (Gen 22, 12); a plena confiança de Abraão no Deus fiel às promessas não é menor mesmo quando a sua palavra é misteriosa e difícil, quase impossível, de acolher. Assim é para Maria, a sua fé vive a alegria da Anunciação, mas passa também pelas trevas da crucificação do Filho, para poder chegar à luz da Ressurreição.

Não é diferente também para o caminho de fé de cada um de nós: encontramos momentos de luz, mas encontramos também momentos no qual Deus parece ausente, o seu silêncio pesa no nosso coração e a sua vontade não corresponde à nossa, àquilo que nós queremos. Mas quanto mais nos abrimos a Deus, acolhemos o dom da fé, colocamos totalmente Nele a nossa confiança – como Abraão e como Maria – tanto mais Ele nos torna capazes, com a sua presença, de viver cada situação da vida na paz e na certeza da sua fidelidade e do seu amor. Isso, porém, significa sair de si mesmo e dos próprios projetos, para que a Palavra de Deus seja a luz que guia os nossos pensamentos e as nossas ações.

Gostaria de concentrar-me ainda sobre um aspecto que emerge nas histórias sobre a Infância de Jesus narrada por São Lucas. Maria e José levam o filho a Jerusalém, ao Templo, para apresentá-lo e consagrá-lo ao Senhor como prescreve a lei de Moisés: “Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor” (cfr Lc 2,22-24). Este gesto da Sagrada Família adquire um sentido ainda mais profundo se o lemos à luz da ciência evangélica de Jesus aos 12 anos, depois de três dias de busca, é encontrado no Templo a discutir entre os mestres. As palavras cheias de preocupação de Maria e José: “Filho, por que nos fez isso? Teu pai e eu, angustiados, te procurávamos”, corresponde à misteriosa resposta de Jesus: “Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai? (Lc 2,48-49). Isso é, na propriedade do Pai, na casa do Pai, como o é um filho. Maria deve renovar a fé profunda com a qual disse “sim” na Anunciação; deve aceitar que na precedência havia o Pai verdadeiro e próprio de Jesus; deve saber deixar livre aquele Filho que gerou para que siga a sua missão. E o “sim” de Maria à vontade de Deus, na obediência da fé, repete-se ao longo de toda a sua vida, até o momento mais difícil, aquele da Cruz.

Diante de tudo isso, podemos nos perguntar: como pode viver Maria este caminho ao lado do Filho com uma fé tão forte, também nas trevas, sem perder a plena confiança na ação de Deus? Há uma atitude de fundo que Maria assume diante a isso que vem na sua vida. Na Anunciação Ela permanece perturbada escutando as palavras do anjo – é o temor que o homem experimenta quando é tocado pela proximidade de Deus - , mas não é a atitude  de quem tem medo diante disso que Deus pode querer. Maria reflete, interroga-se sobre o significado de tal saudação (cfr Lc 1,29). O termo grego usado no Evangelho para definir este “refletir”, "dielogizeto", refere-se à raiz da palavra “diálogo”. Isto significa que Maria entra em íntimo diálogo com a Palavra de Deus que lhe foi anunciada, não a considera superficialmente, mas se concentra, a deixa penetrar na sua mente e no seu coração para compreender isso que o Senhor quer dela, o sentido do anúncio. Um outro aceno para a atitude interior de Maria frente à ação de Deus o encontramos sempre no Evangelho de São Lucas, no momento do nascimento de Jesus, depois da adoração dos pastores. Afirma-se que Maria “conservava todas estas palavras, meditando-as no seu coração” (Lc 2,19); em grego o termo é symballon, poderíamos dizer que Ela “tinha junto”, “colocava junto” no seu coração todos os eventos que estavam acontecendo; colocava cada elemento, cada palavra, cada fato dentro de tudo e o comparava, o conservava, reconhecendo que tudo provém da vontade de Deus. Maria não para em uma primeira compreensão superficial disso que acontece na sua vida, mas sabe olhar em profundidade, deixa-se levar pelos acontecimentos, os elabora, os discerne, e adquire aquela compreensão que somente a fé pode garantir. É a humildade profunda da fé obediente de Maria, que acolhe em si também aquilo que não compreende do agir de Deus, deixando que seja Deus a abrir a mente e o coração. “Bem aventurada aquela que acreditou no cumprimento da palavra do Senhor” (Lc 1,45), exclama a parente Isabel. É propriamente pela sua fé que todas as gerações a chamarão bem aventurada.

Queridos amigos, a solenidade do Natal do Senhor que em breve celebraremos, convida-nos a viver esta mesma humildade e obediência de fé. A glória de Deus não se manifesta no triunfo e no poder de um rei, não resplandece em uma cidade famosa, em um suntuoso palácio, mas toma morada no ventre de uma virgem, revela-se na pobreza de um menino. A onipotência de Deus, também na nossa vida, age com a força, sempre silenciosa, da verdade e do amor. A fé nos diz, então, que o poder indefeso daquele Menino no fim vence o rumor dos poderes do mundo.
http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=288138#site

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012


 Cristãos, Vinde Todos
Católicas

Cristãos, vinde todos, com alegres cantos. 
Oh! Vinde, oh! Vinde até Belém. 
Vede nascido, vosso rei eterno.

Oh! Vinde adoremos, Oh! Vinde adoremos, 
Oh! Vinde adoremos o salvador!

Humildes pastores deixam seu rebanho
e alegres acorrem ao rei do céu. 
Nós, igualmente, cheios de alegria.

O Deus invisível de eterna grandeza, 
sob véus de humildade, podemos ver. 
Deus pequenino, Deus envolto em faixas!

Nasceu em pobreza, repousando em palhas. 
O nosso afeto lhe vamos dar. Tanto amou-nos!
Quem não há de amá-lo?


A SAGRADA FAMILIA


 

Espiritualidade
____________________________________________________________
 A Sagrada Família

Para muitos, no dia 26 de dezembro o Natal já passou e a vida retorna às atividades normais. A Igreja, no entanto, observa uma Oitava do Natal até o 1° de janeiro (seguindo a prática judaica de 8 dias de celebrações) e um período de Natal estendido até dia 6 de janeiro, A Festa da Epifania (atualmente celebrada no domingo entre 2 e 8 de janeiro).
No domingo entre o Natal e 1° de janeiro, a Igreja celebra a Sagrada Família. Esta festa é especialmente importante hoje, quando muitas famílias enfrentam lutas e desafios para viver sua Fé.

A Família de Belém é o reflexo mais puro da Santíssima Trindade, que ¯ não nos cansaremos de repetir com João Paulo II ¯ “não é uma solidão, mas uma família, já que traz em si mesma a paternidade, a filiação e a essência da família, que é o amor”. Por isso também se chamou a Jesus, Maria e José “a Trindade da terra”. E um dos clássicos castelhanos pôs-lhes o título de “os Três Sóis”.





Temos em nossas missas a canção que diz “que bom seria se as mães fossem Maria e os pais fossem José... e se a gente parecesse com Jesus de Nazaré”. A Sagrada Família é nosso modelo, nossa lição de vida familiar: respeito mútuo, diálogo, compreensão e união, oração: nessa família se está reunido no amor de Deus, e aí Ele reina.

Na Sagrada Família, Jesus é o Sol dos sóis: a Luz do mundo!

A Virgem Maria é um sol que ilumina sem ofuscar, sem fazer milagres na terra, limita-se a ser Mãe. Assim como dá a luz o seu Filho em Belém, no Calvário dá à luz o seu filho espiritualmente a todos nós, que somos irmãos do seu Filho, tornando-se, na figura de João, a Mãe de cada um de nós.
José, homem escolhido desde a eternidade para ser o patriarca da Família do Filho de Deus, e de todos os filhos de Deus que por dom gratuito somos, é um homem justo no sentido bíblico da palavra, isto é, santo, cheio de graça santificante e de todas as virtudes necessárias para cumprir perfeitamente a sua missão de pai adotivo de Deus feito carne. Ele é um sol de justiça, que brilha sem magoar os olhos: sempre escolhe ¯ livremente, prontamente e com iniciativa ¯ o que se lhe apresenta como a Vontade de Deus, por mais sacrifícios que lhe custe.

Quando esses três Sóis brilham numa família, essa família resplandece. Reina nela uma comunhão delicada de pessoas que exclui a solidão, essa falta de luz, de carinho e de paz. Na terra, a luz não se difunde sem tropeçar com obstáculos. Os Três Sóis conheceram essas trevas...Mal nasceu o Sol dos sóis, começou a perseguição dos poderes das trevas, culminando com a Paixão e morte de Jesus na Cruz. Mas a luz ia por dentro.Nunca faltou o sentido de orientação, a plena confiança na Providência divina, a consciência de que, no meio e por meio de todos os horrores e vilanias, o Deus Uno e Trino é o Salvador da humanidade.

Quem acolher na sua vida a luz dos Três Sóis não terá de temer nenhuma escuridão, porque essas trevas só poderão ser temporárias e externas. Os Três Sóis gostam de habitar no espaço íntimo dos corações, mais do que na superfície do mundo. Chegará o dia em que ¯ como diz a Escritura ¯ a cidade não necessitará nem de sol nem de lua para o iluminar, pois será iluminada pela glória de Deus e a sua luz será o Cordeiro(...). Não haverá noite ( Apoc 21,23-25).



Fonte: Os Três Sóis, de Antonio Orozco.
http://www.santissimavirgemaria.com.br/espiritualidade.html

sábado, 6 de outubro de 2012

BOM DIA




  AMIZADE DO CORAÇÃO DE DEUS,É DOMINGO,DIA DA SEMANA DEDICADO A NOSSA MÃE DO CÉU.
DESEJO QUE O SEU MANTO MÃE ESTEJA SOBRE AQUEL@ QUE COM CARINHO LE NESTE MOMENTO ESSAS LINHAS.
PASSE A FRENTE DE TUDO AQUILO QUE EL@S FOREM INCAPAZES DE RESOLVER, INTERCEDA MÃE POR CADA UM A SEU FILHO JESUS , QUE A SUA PAZ ESTEJA NO CORAÇÃO DE CADA UM.AMÉM.
LINDO SÁBADO , CHEINHO DE PAZ E LUZ. 



TODOS OS DEVOTOS DE NOSSA SENHORA DEVEM SABER, E COM AMOR DEFENDER OS SEUS REFERIDOS DOGMAS DE FÉ...

IMACULADA CONCEIÇÃO -isto é, foi concebida e nascida sem o pecado                                  original.

MATERNIDADE DIVINA -é mãe de Deus porque Jesus é Deus.

VIRGINDADE DE MARIA SANTÍSSIMA-isto é, só teve Jesus Cristo por filho , e este por obra e graça do Espirito Santo.

ASSUNÇÃO AO CÉU - isto é, subiu para o Céu em corpo e alma. Está no Céu com seu corpo glorioso.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

† Almas Devotas: 1o. Dia - Mês de Nossa Senhora do Santíssimo Sacra...

BOM DIAAAAAAAAA, QUERIDOS VISITANTES AMAMDOS DE DEUS.
VOCE JÁ VISITOU JESUS HOJE?
http://www.lazosdeamormariano.net/content/view/1008/104/


† Almas Devotas: 1o. Dia - Mês de Nossa Senhora do Santíssimo Sacra...: Maria — Mãe dos Adoradores da Eucaristia V).   Louvores e graças se deem a todo momento. R).   Ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento. (30...



sexta-feira, 25 de maio de 2012

PARA VOCE COM CARINHO....

25o. Dia - Mês de Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento


Apostolado de Maria 
ORAÇÃO PREPARATÓRIA PARA TODOS OS DIAS


V).   Vinde, ó Espírito Santo, Enchei os corações de vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor.
V).   Enviai, Senhor, o vosso espírito e tudo será criado.
R).   E renovareis a face da terra.
Oremos — Deus, que instruístes os corações de vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, concedei-nos por esse mesmo Espírito o conhecimento e o amor da justiça e fazei com que Ele nos encha sempre de suas divinas graças, pelo mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor.
R). Amen.
~ * ~ * ~ * ~


I. A alma que vive da Eucaristia deve, antes de tudo, cuidar dos interesses do adorável Sacramento, e entre esses, o primeiro e mais caro a Jesus, que é o Sacerdócio. É por intermédio dos Sacerdotes que o Santíssimo Sacramento nos é dado e vem às nossas almas; por meio deles recebe Jesus a vida sacramental que consagra à glória de seu Pai; por eles Jesus é mais glorificado do que poderiam fazer os fiéis ainda mesmo os mais piedosos; Jesus delegou aos Padres todos os seus direitos, conferindo-lhes seu próprio poder. Rezar pelo Sacerdócio, portanto, rogar que se multipliquem as vocações, conseguir para os povos sacerdotes santos, homens abrasados, era essa a oração de Nossa Senhora e seu apostolado predileto. E agora continua a proteger as santas vocações, pedindo-as a seu Filho; o Sacerdote é o filho predileto de Maria Santíssima.
Nossa Senhora é quem o inicia na piedade desde a infância, e conserva sua virtude; é Ela quem sustenta seu fervor, o conduz pela mão até aos pés do Altar e o apresenta ao Bispo como fez outrora levando Jesus ao Templo. Nossa Senhora infunde-lhes igualmente coragem nos múltiplos sacrifícios dos estudos, das lutas e das responsabilidades do Sacerdócio.
O Sacerdote formado por Maria será certamente um bom e santo Ministro do altar e será bem acolhido por Jesus.


II. Maria, por assim dizer, se revê no Sacerdote, e por meio dele continua sua missão junto às almas e junto a Jesus Cristo. A primeira Encarnação, com efeito, se operou em Maria e por meio de Maria; n'Ela se encarnou o Verbo; nas mãos do Sacerdote e graças à sua palavra, Jesus Cristo se torna nosso Pão. A dignidade da Mãe de Deus é incomparável; Maria é mãe do Rei e, por conseguinte, Rainha dos Anjos e dos homens.
O Sacerdote é o pai de Jesus Sacramentado; é o rei espiritual das almas; um Deus terrestre, terrenus Deus, que recebeu de Deus todos os bens, abrindo e fechando o céu.
Maria educa Jesus, sustenta-O, segue seus diversos estados; ao Sacerdote compete fazer Jesus Cristo crescer nas almas, segui-lO e conservá-lO, até que Ele tenha atingido nelas a idade perfeita, transformando-as em si próprio.
Maria Santíssima, em sua qualidade de mãe, tem sobre Nosso Senhor todos os direitos conferidos pela maternidade; do mesmo modo o Sacerdote tem um poder direto sobre a pessoa de Jesus Cristo. Nossa Senhora só é poderosa por Jesus; o Sacerdote, por sua vez, só é poderoso pelas graças que Jesus coloca em suas mãos; o próprio Jesus se põe ao seu dispor, a fim de conferir-lhe assim maior possibilidade de ação.
Todavia, sob certos pontos, Nossa Senhora pode invejar os privilégios do Sacerdote.
O Verbo Encarnado permaneceu em seu seio tão somente durante nove meses; a fecundidade do Sacerdote é perpétua; cada dia ele encarna Jesus; seu poder consecratório é inerente ao seu Sacerdócio; semelhante ao Padre Eterno, cuja geração jamais se esgota, semelhante ao sol que irradia cada manhã sua luz e calor sem jamais se consumir, Maria dá o Salvador ao mundo no estado mortal, e, portanto, débil e para a cruz; o Sacerdote fá-lO baixar sobre o altar mas em seu estado glorioso e ressuscitado; sua glória não aparece aos nossos olhos carnais, porém os Anjos a contemplam. É um sol radioso do lado do céu, mas velado do lado da terra.


III. A missão e os deveres do Sacerdote e de Maria são idênticos, em relação à Eucaristia e em relação às almas. A missão do Sacerdote é missão de adorador e de apóstolo.
O Padre é, em primeiro lugar, adorador e guarda do Santíssimo Sacramento; é, acima de tudo, homem de oração. Nos autem, diziam os Apóstolos, oratione et ministério verbi instantes erimus. (Act. VI, 4). Quanto a nós, entregar-nos-emos à oração e à pregação. É mister que o Sacerdote se associe à oração da Vítima que ofereço e que prepare e inicie aos pés do altar seu apostolado exterior.
Maria no Cenáculo: eis sua Divina Mãe desempenhando seu principal dever. Nossa Senhora no Cenáculo é adoradora por ofício; adora, cuidando do culto eucarístico; repara a glória de Deus ultrajada pelos pecadores; consola o amor de Jesus desprezado pelos homens.
Ao Pai Ela oferece Jesus; a Jesus apresenta seu materno seio, e ao Espírito Santo, as almas que são sua herança e seus templos, a fim de que Ele as renove e inflame em seu amor.
Eis o que deve a Jesus o Sacerdote fiel que compreende a graça do amor do Salvador para com ele.
O segundo mistério do Sacerdote é o de anunciar Jesus Cristo aos povos. Também aqui Maria é sua dulcíssima protetora. Foi Ela quem educou Jesus e revelou os mistérios de sua vida aos Apóstolos e aos Evangelistas; Maria falava de Jesus sem cessar, fazendo-O amar por todos; era a fervorosa zeladora de Jesus. O mesmo deverá fazer o Sacerdote: pregar, dar a conhecer Jesus Sacramentado, propagar seu culto e seu reinado com zelo infatigável.
Para isso deve recorrer a Maria, que ama os Sacerdotes com amor de predileção; ama-os em Jesus seu Filho, de quem são os ministros, ama-os para a glória de Deus e a salvação das almas das quais são os apóstolos.
O Sacerdote tem deveres a cumprir para com esta Mãe terníssima; não deve ceder a ninguém seu posto em tributar-lhe honras, e nem deixar-se vencer no amor que lhe deve professar.
Ademais, deve trabalhar com zelo para torná-lA conhecida e amada.
Quanto a nós, se amamos a Eucaristia e desejamos vê-la servida, pregada e adorada por todos, imploremos, sem cessar, a Jesus, por intercessão de Maria, que nos dê Sacerdotes santos, obreiros apostólicos, fiéis adoradores; é condição indispensável para a glória do Santíssimo Sacramento e a salvação do mundo.


~ * ~ * ~ * ~


Terna proteção de Maria para com um Sacerdote


Dois Sacerdotes, viajando certa vez pelo país dos Albigenses, avistaram uma igreja, e se bem que estivessem em tempo de franca perseguição religiosa, tudo se devendo temer dos selvagens hereges, quiseram eles celebrar a Santa Missa, movidos, sobretudo pelo fato de ser um sábado, para honrar desse modo, a Santíssima Virgem. Quando o primeiro deles celebrava, eis que chegaram os Albigenses que o arrastaram do altar e, depois de lhe infligirem mil ultrajes, cortaram-lhe a língua deixando-o semimorto. Seu companheiro o transporta, embora com dificuldade, para um mosteiro das cercanias, onde ambos são recebidos com verdadeira caridade.
Na véspera da Epifania, o pobre Sacerdote mudo, ouvindo o canto dos religiosos, inflamou-se de um desejo ardente de se unir a eles, e, sobretudo, de poder celebrar a Santa Missa. Dirige-se então a Maria, no fervor destes seus desejos, e esta doce Mãe, lhe aparecendo com o membro de que fora ele privado, diz-lhe: "Eis, meu caro filho, que por terdes perdido esse membro e sofrido tanto porque, sem temor do perigo, quisestes dizer a Santa Missa em honra de Jesus e em minha honra, eu vo-lo restituo, da parte de meu Filho".
O fervoroso Sacerdote sentiu-se curado no mesmo instante e entoou, com voz clara e sonora, um cântico de ação de graças em louvor de Jesus e de sua misericordiosa Mãe.
(Nicolau Laghi, trat. VI, c. XXIV.).


PRÁTICA — Orar incessantemente pelas vocações sacerdotais e exercer a mais piedosa e respeitosa caridade para com os Sacerdotes.


JACULATÓRIA — Ó Rainha do Clero, enviai bons operários para a Messe de vosso Divino Filho.


~ * ~ * ~ * ~


Oração Final


Ó Virgem Imaculada, Nossa Senhora do SSmo. Sacramento, que durante os anos que vivestes depois da Ascensão, fostes modelo perfeito de serviço à Divina Eucaristia: Vós que passáveis diante de Jesus Sacramentado os dias e as noites, consolando-vos assim no exílio, ensinai-nos a avaliar o tesouro que possuímos no Altar e inspirai-nos visitar frequentemente o SSmo. Sacramento no qual Jesus fica conosco para dirigir-nos, consolar-nos, proteger-nos e receber em troca as homenagens que Lhe são devidas por tantos títulos.
Ó Mãe cheia de bondade e Modelo admirável dos adoradores da Eucaristia, já que sois a Medianeira das graças do Altíssimo, concedei-nos como fruto deste piedoso exercício, as virtudes que, tornando-nos menos indignos do serviço de vosso Divino Filho, obter-nos-ão a vida eterna.  Assim seja.
Nossa Senhora do SSmo. Sacramento, rogai por Nós.




__________


Excertos do livro: Mês de Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento extraídas dos escritos do Bem-Aventurado(*) Pedro Julião Eymard, o fundador da Congregação do Santíssimo Sacramento, 1946
(*) Sua canonização se deu em dezembro de 1962
 http://alexandriacatolica.blogspot.com/2011/12/breviario-da-confianca-pe.html

terça-feira, 22 de maio de 2012

Contemplação Eucarística de Maria


22o. Dia - Mês de Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento
Contemplação Eucarística de Maria


www.google.com


ORAÇÃO PREPARATÓRIA PARA TODOS OS DIAS


V).   Vinde, ó Espírito Santo, Enchei os corações de vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor.
V).   Enviai, Senhor, o vosso espírito e tudo será criado.
R).   E renovareis a face da terra.
Oremos — Deus, que instruístes os corações de vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, concedei-nos por esse mesmo Espírito o conhecimento e o amor da justiça e fazei com que Ele nos encha sempre de suas divinas graças, pelo mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor.
R). Amen.
~ * ~ * ~ * ~


I. A Contemplação segue naturalmente a adoração e a ação de graças, alimentando-as e aperfeiçoando-as, ao mesmo tempo. A contemplação eucarística é o olhar que a alma fixa em Jesus Sacramentado para conhecer detalhadamente suas perfeições, admirar sua bondade na instituição da Eucaristia, estudar-lhe os motivos, examinar-lhe os sacrifícios, avaliar-lhe os


dons e apreciar-lhe o amor.
O primeiro fruto da contemplação eucarística consiste em fixar e concentrar a alma em Nosso Senhor, descobrindo-lhe o mistério de suas perfeições e o amor que se encerra no dom inefável da Eucaristia; este olhar refletido e prolongado sobre o amor excessivo de Jesus, ao preparar, instituir e perpetuar o adorável Sacramento, desperta em nós, em primeiro lugar, a admiração, em seguida o louvor, e por fim a expansão do amor; a alma sai de si mesma para se unir e aderir ao objeto divino de sua contemplação. Daí resulta ser a contemplação a parte essencial da adoração; é seu foco.




II. Nossa Senhora diante da Eucaristia se absorvia numa contemplação que nenhuma língua humana ou angélica poderia exprimir, somente Jesus Cristo, que era seu objeto, conhecia-lhe o valor. Maria possuía o mais perfeito conhecimento do amor que Jesus


demonstrara instituindo a Eucaristia; conhecia as lutas que tivera de sustentar com seu Coração e os sacrifícios que lhe custara a instituição desse Sacramento; lutas do amor divino contra a incredulidade e a indiferença da maioria dos homens; lutas da santidade contra a impiedade, as blasfêmias e os sacrilégios de que seria alvo a Eucaristia, não somente por parte dos hereges, mas também de seus próprios amigos; lutas de sua bondade contra a ingratidão dos cristãos negligentes em recebê-lo na Comunhão, recusando desse modo suas melhores graças e seus mais ternos convites. O amor de Jesus, porém, triunfou de todos esses
obstáculos. "Apesar de tudo hei de amar os homens, e sua malícia não poderá desanimar nem vencer minha bondade!"
Maria acompanhara essas lutas, partilhara esses sacrifícios e fora testemunha da vitória; evocava essas lembranças em sua adoração, relembrava esses fatos ao Salvador, exaltando o amor que O fizera vencer.




III. Para apreciar o dom da Eucaristia, o adorador deve, a exemplo da Virgem Santíssima e em união com Ela, volver à sua origem, aos sacrifícios que custou ao amor de Nosso Senhor.   Se o amor é belo no Calvário, mostra-se ainda mais belo no Cenáculo e no Altar, pois aí é o amor perpetuamente imolado. A compreensão dessas lutas e dessa vitória fará ver ao adorador o que deve em compensação a um Deus tão bondoso. Então, com Maria, sua divina Mãe, se oferecerá de todo o coração a Jesus Eucarístico, a fim de bendizê-lO e agradecer tanto amor; consagrar-se-á a honrar os diversos estados de Jesus Sacramentado, praticando em sua vida as virtudes que o Divino Salvador aí exercita, glorificando-as de um


modo admirável. O adorador honrará a profunda humildade do Salvador, que O leva até o aniquilamento total sob as santas espécies, honrará o sacrifício da sua própria glória e omnipotência, que O torna prisioneiro do homem; a obediência que faz d'Ele o servo de todos, tomando a Virgem Maria como a verdadeira Mãe da vida eucarística para ajudá-lo nesse estudo prático. Confiará em Maria, amando-A como a Mãe dos adoradores, que é o título mais caro ao seu coração e o mais glorioso para Jesus.


~ * ~ * ~ * ~


O prêmio de uma Santa Missa celebrada em honra de Maria


Uma grande pecadora conservara, em sua vida de desordens, o costume de recitar diariamente uma Ave Maria, e mandou celebrar, num dia de sábado, o Santo Sacrifício em honra da Santíssima Virgem para obter sua proteção na hora da morte. Chegando esse instante supremo, o demônio se apresentou imediatamente, com rugidos ameaçadores, para se apoderar da pobre alma.   Maria, porém, não se esquecera da Missa celebrada em sua honra: arrebata, pois, das garras do demônio, essa alma que ele já se apressava em lançar no abismo eterno. "Não sabes tu, monstro do inferno, lhe diz Maria, que esta alma chamava por mim todos os dias, e que mandou celebrar uma vez a Santa Missa em minha honra?" — E verdade, replica Satanás, é inumerável, porém a multidão de seus crimes! — “Convence-te, retruca a Santíssima Virgem, que não pode perecer a alma que recorre a mim.” O demônio derrotado com esta resposta, fugiu soltando gritos horríveis, e Maria, radiante de júbilo, levou para o céu essas almas feliz, gloriosa conquista de seu amor materno. (Laghi. c. LXXIX). 


PRÁTICA — Rogar incessantemente a Maria pelos interesses da Eucaristia.


JACULATÓRIA — Ó Maria, ninguém se aproximou tão intimamente de Jesus quanto vós!


~ * ~ * ~ * ~


Oração Final


Ó Virgem Imaculada, Nossa Senhora do SSmo. Sacramento, que durante os anos que vivestes depois da Ascensão, fostes modelo perfeito de serviço à Divina Eucaristia: Vós que passáveis diante de Jesus Sacramentado os dias e as noites, consolando-vos assim no exílio, ensinai-nos a avaliar o tesouro que possuímos no Altar e inspirai-nos visitar frequentemente o SSmo. Sacramento no qual Jesus fica conosco para dirigir-nos, consolar-nos, proteger-nos e receber em troca as homenagens que Lhe são devidas por tantos títulos.
Ó Mãe cheia de bondade e Modelo admirável dos adoradores da Eucaristia, já que sois a Medianeira das graças do Altíssimo, concedei-nos como fruto deste piedoso exercício, as virtudes que, tornando-nos menos indignos do serviço de vosso Divino Filho, obter-nos-ão a vida eterna.  Assim seja.
Nossa Senhora do SSmo. Sacramento, rogai por Nós.



_________ http://www.gifsyfondospazenlatormenta.blogspot.com.br/search/label/EUCARISTIA


Excertos do livro: Mês de Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento extraídas dos escritos do Bem-Aventurado(*) Pedro Julião Eymard, o fundador da Congregação do Santíssimo Sacramento, 1946
(*) Sua canonização se deu em dezembro de 1962
http://almasdevotas.blogspot.com.br/search/label/Nsa.%20Sra.%20do%20SSmo.%20Sacramento




segunda-feira, 21 de maio de 2012

COMEÇAR O DIA COM MARIA, É MARAVILHOSO, POR ISSO ESTOU AQUI DESEJANDO A VOCÊ... SIM VOCÊ... UM DIA DE BENÇÃOS NO COLO DA MÃE.NOSSA SENHORA A PRIMEIRA QUE ADOROU A JESUS.


QUE ESSA SEMANA NÃO SEJA """MAIS UMA SEMANA""", MAS """AQUELA SEMANA""", ABENÇOADA E NO COLO DA MÃE.
TIVE A GRAÇA ONTEM DE  NAVEGANDO PELA NET ENCONTRAR SITE MARAVILHOSO QUE NOS LEVA A MARIA, MÊS AS E DIA A DIA.
ESPERO QUE GOSTEM ASSIM COMO EU AMEI, E QUE  O CRESCIMENTO ESPIRITUAL EM MARIA, OS FAÇA CADA VEZ MAIS  ÍNTIMOS DE JESUS.


21o. Dia - Mês de Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento
Adoração de Ação de Graças de Maria



ORAÇÃO PREPARATÓRIA PARA TODOS OS DIAS

V).   Vinde, ó Espírito Santo, Enchei os corações de vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor.
V).   Enviai, Senhor, o vosso espírito e tudo será criado.
R).   E renovareis a face da terra.
Oremos — Deus, que instruístes os corações de vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, concedei-nos por esse mesmo Espírito o conhecimento e o amor da justiça e fazei com que Ele nos encha sempre de suas divinas graças, pelo mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor.
R). Amen.
~ * ~ * ~ * ~

I. Ao ato de fé humilde e simples, à adoração pelo aniquilamento próprio, Nossa Senhora unia a ação de graças. Depois de se ter abismado no sentimento da grandeza e da majestade divinas, veladas sob o Sacramento, volvia o olhar para esse Tabor de amor, a fim de contemplar-lhe a beleza e deleitar-se em sua inefável bondade.
Agradecia a Jesus o seu amor, no dom da Eucaristia, ato supremo de sua caridade infinita. A ação de graças da Santíssima Virgem era perfeita, porque conhecia a grandeza desse dom.
Oh! como foi grande a felicidade de Maria quando, antes da ceia, Jesus lhe revelou que a hora do triunfo de seu amor havia soado e que ia instituir seu adorável Sacramento, por meio do qual, perpetuando-se e sobrevivendo entre nós, proporcionaria a cada fiel a ocasião de participar da felicidade de Maria, podendo recebê-LO em seu corpo como a Virgem,
vê-LO, de certo modo, e em seu estado sacramental fruir de todas as graças, fazendo aí reviver todos os mistérios de sua vida mortal! "Depois desse dom, no qual esgoto o meu poder, nada mais tenho a dar ao homem senão o céu".
A essa feliz nova, Maria se prostrou aos pés de Jesus, adorando com efusiva gratidão esse amor excessivo para com os homens, e também para com Ela, sua indigna serva; Maria se havia oferecido para serví-LO em seu adorável Sacramento, consentindo em ver retardada a hora de sua recompensa, a fim de permanecer como perpétua adoradora na terra, encarregada de guardar e de servir a Eucaristia, feliz de morrer aos pés do Divino Tabernáculo.

II. Em suas adorações no Cenáculo, Maria renova diariamente esta ação de graças: Como sois bondoso, ó meu Senhor e meu Filho! Como pudestes amar ao homem até esse ponto, dar-lhe mais do que podia receber, amá-lo mais do que é capaz de avaliar, inventar o que seu coração jamais poderia compreender? Por amor dele esgotastes vossa omnipotência e os tesouros de vosso Coração! Em seguida a Santíssima Virgem entoava louvores a cada uma
das potências da alma de Jesus, a cada membro do Salvador que havia cooperado na instituição da sagrada Eucaristia; consagrando-lhes o ardente amor que abrasava seu Coração.
Oh! com que gozo e complacência não teria Jesus recebido essas primeiras homenagens de sua santa Mãe, primícias das que lhe foram prestadas em seu Sacramento! e como seu coração devia rejubilar por ter deixado a Maria, para sua consolação, sua presença sacramental! Ainda mesmo que fosse unicamente paia Ela, Jesus teria instituído a Eucaristia! E isto não nos deve admirar, pois que as adorações e as ações de graças de Maria eram para Jesus de maior valor do que as homenagens de todos os santos reunidos.
A ação de graças de Maria era também muito agradável a Jesus, porque acima de tudo Ele preza a gratidão e o reconhecimento, e somente isto espera de nós. Adorar dando graças é adorar bem, é reconhecer o primeiro de seus divinos atributos, aquele para cuja manifestação Ele veio especialmente à terra, isto é, a bondade: consideremos isto atentamente quando estivermos a seus pés.
Agradeçamos por intermédio de Maria, pois quando um filho recebe alguma coisa cabe à mãe agradecer por ele; nossa ação de graças identificada com a de Maria Santíssima será perfeita e bem aceita pelo Coração de Jesus.

~ * ~ * ~ * ~

A criança preservada das chamas

Era costume dos primeiros séculos da Igreja dar às crianças ainda na idade de inocência batismal as partículas consagradas que ficavam após a comunhão dos fiéis.
Certo dia, o filhinho de um judeu de Constantinopla, que trabalhava numa fábrica de vidros, ao se dirigir à escola em companhia de outras crianças cristãs, entrou com elas na Igreja e inocentemente se apresentou, como as demais, para receber os fragmentos da Santa Eucaristia.
Ao chegar em casa, contou ao seu pai o que fizera. O judeu, homem brutal e dos mais encarniçados contra a religião cristã, ficou possuído de tão violenta cólera que lançou a criança numa fornalha ardente. Instantes depois, a mãe, que estava ausente, regressando ao lar, em vão procurou saber onde se achava o filhinho. Percorreu, em sua aflição, toda a redondeza, porém tanto suas pesquisas como suas indagações não tiveram resultado.
Triste e inconsolável, há três dias chorava a perda de seu filho quando, no excesso de sua angústia, começou a chamá-lo pelo nome, como se ele estivesse em casa.
De repente, ó surpresa! ouve uma voz que lhe responde chamando-a pelo doce nome de mãe. Emocionada, corre à fornalha, de onde lhe parecia proceder o som. Deteve-se, porém, achando impossível que a criança pudesse estar em meio das chamas devoradoras. Mas se repete o chamado, o bem distintamente. Sem mais duvidar, abre a porta da fornalha e vê esse
estranho espetáculo: seu filhinho dentro do braseiro, porém cheio de vida. Chama os vizinhos em seu auxílio, e todos presenciam o milagre.
Interrogada a criança, que saiu sã e salva, conta que seu pai a jogara no fogo por ter assistido as cerimônias dos cristãos, mas que uma linda senhora, resplandecente de luz, a preservara das chamas cobrindo-a com seu manto, lhe dera alimento, e que essa protetora bondosa muito se parecia com a estátua da Santa Virgem que vira na Igreja dos cristãos.
Compreenderam todos então que a criança privilegiada fora salva por Maria, que lhe conservou a vida defendendo-a contra o ardor das chamas. O imperador, tendo conhecimento do ato desnaturado desse pai, mandou prendê-lo e o condenou ao suplício. O miserável, em lugar de se converter, obstinou-se mais e mais no erro. Quanto à mãe e seu filhinho, se
instruíram na religião católica, receberam o Batismo e se tornaram cristãos fervorosos.

PRÁTICA — Rogar incessantemente a Maria pelos seminaristas, os coroinhas e todos os fiéis, a fim de que se apliquem com piedade e reverência a suas santas funções.

JACULATÓRIA — Oh! Maria, nós vos bendizemos, vós que sois a perfeita Serva de Jesus Eucaristia.

~ * ~ * ~ * ~

Oração Final

Ó Virgem Imaculada, Nossa Senhora do SSmo. Sacramento, que durante os anos que vivestes depois da Ascensão, fostes modelo perfeito de serviço à Divina Eucaristia: Vós que passáveis diante de Jesus Sacramentado os dias e as noites, consolando-vos assim no exílio, ensinai-nos a avaliar o tesouro que possuímos no Altar e inspirai-nos visitar frequentemente o SSmo. Sacramento no qual Jesus fica conosco para dirigir-nos, consolar-nos, proteger-nos e receber em troca as homenagens que Lhe são devidas por tantos títulos.
Ó Mãe cheia de bondade e Modelo admirável dos adoradores da Eucaristia, já que sois a Medianeira das graças do Altíssimo, concedei-nos como fruto deste piedoso exercício, as virtudes que, tornando-nos menos indignos do serviço de vosso Divino Filho, obter-nos-ão a vida eterna.  Assim seja.
Nossa Senhora do SSmo. Sacramento, rogai por Nós.


__________

Excertos do livro: Mês de Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento extraídas dos escritos do Bem-Aventurado(*) Pedro Julião Eymard, o fundador da Congregação do Santíssimo Sacramento, 1946
(*) Sua canonização se deu em dezembro de 1962

http://alexandriacatolica.blogspot.com.br/2011/12/breviario-da-confianca-pe.html
www.gfsyfondospazenlatormenta.blogspot.com


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Terço dos homens de Caicó: O Evangelho do dia 22/02/2012 ( quarta-feira)

Terço dos homens de Caicó: O Evangelho do dia 22/02/2012 ( quarta-feira): Ano B - Dia: 22/02/2012 Jejum e oração sem hipocrisia Leitura Orante Mt 6,1-6.16-18 - Tenham o cuidado de não praticarem os seus deveres...

sábado, 11 de fevereiro de 2012

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012